“Um zap do Telê”
Não me perguntem como isso ocorreu, mas, num desses muitos grupos sobre o Fluminense, encontrei um zap do Mestre Telê Santana dirigido ao Fernando Diniz. Reproduzo-o, na íntegra.
“Caro Fernando Diniz,
Em primeiro lugar, cumprimento-o pela coragem de fugir da mesmice que granjeia no futebol brasileiro. Isso de “4-3-3”, “4-4-2”, “4-3-1-2” é linha de ônibus – e com troncal. Desde os meus tempos de treineiro, penso que jogador tem que ter função, não posição em campo.
Aliás, Fernando, quando era treinador, eu não me limitava a ensaiar jogadas e a ditar táticas para os jogadores, não. Eu ia além, bem além: ensinava fundamentos de futebol aos caras. O Cafu, capitão da seleção brasileira pentacampeã mundial, reconheceu, várias vezes, que eu, repetida e incansavelmente, o obrigava a treinar cruzamentos no CT do São Paulo. Com o passar dos tempos, ganhamos eu (como treinador), o Cafu (como jogador), o São Paulo (como time) e, claro, a torcida (como espectadora interessada).
Fernando, embora tenha trabalhado em outros clubes, eu sou Tricolor apaixonado, todos sabem. E não pude deixar de observar que, em cerca de 1 mês, o Fluminense sofreu 3 dissabores por erros elementares de fundamentos dos jogadores. Relembrando-lhe: (a) Rodolpho falhou, clamorosamente, contra o Vasco na decisão da Taça GB; (b) Léo Santos cometeu erro infantil contra o Flamengo na semifinal da Taça Rio. O “molambo” estava saindo da área; (c) Rodolpho tornou a falhar, bisonhamente, desta feita contra o Flamengo na semifinal do Carioca. A propósito, Fernando, a camisa 1 tricolor é pesadíssima, já foi envergada pelo Grande Castilho – que acha o Rodolfo um vencedor na vida e um grande frangueiro.
Em suma, Fernando, ou os caras são leões de treino ou você precisa de óculos.
Saudações tricolores, Telê Santana”.

Nos resta torcer na sul americana e no brasileiro