“UNIDOS POR UM FLUMINENSE FORTE” – poema para Heitor D’Alincourt (por Antonio Gonzalez)
No final de novembro de 2021 encontrei com o Léo Bagno na esquina da rua das Laranjeiras com rua Ipiranga. Eu havia lançado no início daquele mês a música “Fluminense eu sou!” e numa LIVE eu declamei a parte da letra original que tive que cortar da canção. Léo Bagno sugeriu que eu fizesse algo em cima daquele texto.
Ali começava a nascer “Unidos por um Fluminense forte”. Imediatamente entrei em contato com o meu irmão Claudio Kote (excelente músico e um gigante como produtor musical), que mais uma vez comprou a ideia. Novamente sem custos pelo trabalho dele (o que é injusto). Enviei pelo celular os acordes do que pensava e de saída ele interpretou o que eu queria. Semanas depois, já em dezembro entramos no KS Studio para gravar.
Mas a inteligência musical do Kote exigia algo mais: faltava um refrão. Com o seu violão Ovation sugeri “Unidos por um Fluminense Forte” e ele acrescentou “com amor eu sou tricolor”.
Gravamos.
A mente do Kote novamente viajou: se a gente contratasse as irmãs Diaz, a gente poderia fazer assim ou assado, dessa forma.
Amei a ideia!
Corri atrás de patrocinadores. Surgiram uns anjos que me permitiram trazer as 3 fadas que transformaram em realidade aquele sonho.
Debilitado por problemas de saúde tive que pisar no freio. Calma “Seu Gonzalez”! Faltava o vídeo, tinha que contar um pouco da nossa história, tinha que homenagear amigos, tinha que render admiração à Mídia Independente tricolor. E no meio do caminho a brilhante conquista do Campeonato Carioca de 2022, nos obrigou a realizar uns ajustes. Felizes ajustes!
Finalmente nasceu. Na semana de São Jorge e do RECarnaval do Rio de Janeiro.
Já não nos pertence!
Claudio Kote e Antonio Gonzalez apenas serviram de instrumentos. Pertence a TODOS os tricolores. Presentes e ausentes. São 120 anos de história que precisam ser eternizados pelos mais jovens. Certamente você não assistirá a um vídeo que concorrerá a prêmios no Music Video Festival… mas sentirá as pulsações de corações regidos a sangue verde, branco e grená.
Peço perdão aos milhares de atletas que já envergaram o nosso manto e não foram citados, todos eles foram protagonistas nas vidas da nossa torcida durante esses 120 anos.
https://www.youtube.com/watch?v=67vkIHOQu04
Finalizando:
Por que “Poema para Heitor D’Alincourt”?
Vou contar verdades que poucos conhecem. Não é papo de lenda. É fato real.
No final dos anos 1970 e no início dos anos 1980, o Clube de REGATAS do Flamengo, dominava o cenário brasileiro: tricampeão carioca (em 2 anos), tricampeão brasileiro, campeão sulamericano e mundial. Por outro lado, algumas organizadas do Fluminense deixavam de existir e com isso, nos Fla-Flus, os caras vinham imensos e teimavam em colocar faixas depois do placar central (do antigo, único e falecido Maracanã), ou seja, no nosso território.
Conclusão: a porrada comia.
Muita porrada! Todo jogo, 1, 2, 3… quantas vezes fossem necessárias. Bambus, cintos, talabardes, macetas de surdo, entre outros apetrechos, ditavam o ritmo.
Na véspera do Fla-Flu do triangular final de 1983, o Zezé (que era o meu Vice Presidente na Força Flu) me ligou e pediu dinheiro para comprar 20 metros de morim. O Heitor havia tido a ideia de uma frase para uma faixa que iria ser colocada ao lado do placar central do estádio.
A nossa missão era ocupar aquele espaço para impedir que a torcida dos caras poluísse.
Comprei os 20 metros de tecido e me desentendi do assunto.
Depois soube que na sexta-feira prévia ao jogo, a porrada estancou com uns crocodilos da Raça Rubro Negra enquanto a faixa era pintada na porta da nossa sala no Mario Filho. O suficiente para que a gente da Força Flu chegasse aliado com o Capeta, com Belzebu e com Satanás na manhã daquele domingo. A pancadaria estancou na rua Eurico Rabelo, em frente ao portão 18. Eu escolhi o meu alvo, o principal, o bom para cacete: Branco, o presidente da Raça, a quem depois daquele dia passei a chamar de Roxo (cor da maquiagem que lhe proporcionei).
No início daquela noite nascia o Carrasco Assis.
1 a 0 Fluminense. Campeões Cariocas!
A faixa pé quente que estreou com a conquista do título.
Sabem o que estava escrito naquela faixa?
“UNIDOS POR UM FLU FORTE!”… Em 2022 cumprem-se 40 anos que a Força Flu me deu de presente um irmão.
Seu nome: Heitor D’Alincourt, o autor da célebre frase
Um beijo no coração de todos os torcedores do Fluminense.
Somos milhões, sem essa dos 10 mil de sempre!
Antonio Gonzalez
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Muito obrigado!