Em sua reta final de preparação para a disputa do Campeonato Brasileiro, o time sub-23 do Fluminense vem cumprindo um importante papel no Centro de Treinamento Carlos Castilho, que vai além da disputa da competição nacional. A equipe comandada pelo técnico Cadu Antunes tem sido fundamental na recuperação e no treinamento dos atletas de Fernando Diniz quando o time principal não está no Rio de Janeiro.
Para ficar em exemplos recentes, foi com o time sub-23 que John Kennedy retornou aos treinamentos após se recuperar de uma fratura no quinto metatarso do pé direito. O atacante voltou a ser relacionado por Fernando Diniz na partida contra o Oriente Petrolero, no dia 26 de maio, quando entrou em campo no segundo tempo da goleada por 10 a 1.
O experiente Felipe Melo foi outro que aproveitou os treinamentos do sub-23 para recuperar a forma depois de uma cirurgia no joelho direito. Enquanto o time principal viajava para compromissos da Copa Sul-Americana e do Brasileirão, o volante teve a oportunidade de trabalhar com bola com a equipe de Cadu Antunes.
“Foi uma ajuda mútua. Contribuí com um pouco da minha experiência, e eles me ajudaram a voltar a me sentir atleta. Já tinha um bom tempo que eu não jogava, não fazia um coletivo e voltei a trabalhar com bola com eles. São meninos com potencial, são o futuro do Fluminense. Daqui sairão grandes atletas. Fico feliz por poder passar um pouquinho da minha experiência e da minha vontade de vencer”, explicou Felipe Melo.
E não são apenas os lesionados que usufruem dos treinos. Atletas não relacionados por Diniz podem trabalhar em campo ao invés de ficarem limitados aos exercícios na academia. A integração também traz vantagens aos mais jovens, que ganham a chance de treinar com atletas experientes.
“Em vários momentos da temporada, atletas do time principal treinam juntamente com o sub-23 para recuperar ou aprimorar a forma física e técnica, e essa troca tem sido importante para os dois lados. Para os mais jovens, é muito bom ter ao lado atletas experientes. É uma oportunidade para aprender mais com o profissionalismo deles”, afirmou Cadu.
A integração também acontece na mão inversa. No dia seguinte aos jogos, quando precisa poupar jogadores que entraram em campo, Fernando Diniz pede “ajuda” ao sub-23. Jovens previamente selecionados pelo técnico ajudam a completar o treinamento da equipe principal. Mais uma oportunidade para trabalhar com atletas consagrados.
“Essa integração tem funcionado muito bem, é uma vantagem competitiva que o Fluminense passou a ter com o sub-23, basicamente formado por jogadores de Xerém. É bom poder observar os mais jovens, a qualidade deles. E quando o time viaja, os jogadores que ficam no Rio têm espaço para fazer um treino coletivo e ficar mais perto da realidade de um jogo. É uma grande ferramenta que o Fluminense desenvolveu, que traz grandes benefícios para o clube. Sempre tive um olhar muito cuidadoso com a base e a daqui é uma das melhores do Brasil, com certeza. A gente sempre acaba achando bons valores e eu gosto muito de proporcionar essa integração e valorizar jogadores oriundos da casa”, disse Fernando Diniz.
Nesta segunda-feira (06/06), dia seguinte ao duelo contra o Juventude, 11 jogadores do sub-23 foram aproveitados por Diniz, entre ele Alexandre Jesus, que já havia viajado com o time para Caxias do Sul.
“O treinamento dado pelo Cadu tem as mesmas características do time principal, então, quando treinamos com ele, já estamos preparados. O Diniz apoia muito e os atletas também. Estou há uma semana treinando com eles e já sinto evolução no meu futebol, na visão de jogo. Está me ajudando bastante”, finalizou Alexandre Jesus.
Texto: Comunicação/FFC
Foto: Mailson Santana/FFC