Muitos questionamentos foram feitos pela torcida tricolor sobre a negociação do jovem Luiz Henrique. O anúncio pelo presidente Mário Bittencourt da venda de 85% dos direitos econômicos do atacante para o Real Bétis, da Espanha, por um valor máximo de € 13 milhões de euros (R$ 71,5 milhões na cotação da época), gerou indignação. Desse valor, € 8 milhões de euros são fixos (cerca de R$ 44 milhões) e € 5 milhões de euros (aproximadamente R$ 27,5 milhões) de possíveis bônus pelo clube espanhol previstos no contrato.
Segundo levantamento do GE, levando apenas em consideração o valor fixo da venda do Luiz Henrique, a transação estaria em 13º lugar, dentre todas as 83 vendas feitas por clubes brasileiros para o exterior. Na frente dele, aparecem outros dois ex-atletas do Fluminense: Kayky, vendido pelo preço fixo de € 10 milhões de euros por 80% dos direitos econômicos (com € 11 milhões de euros em possíveis bônus); e o atacante Evanilson, vendido em 2020, aos 20 anos, por € 8,5 milhões de euros.
Caso todas as metas previstas no contrato sejam cumpridas, a venda de Luiz Henrique pode chegar até € 13 milhões de euros, o que a tornaria a sétima maior, empatada com a de Viña, ex-jogador do Palmeiras. Ainda assim, não há garantias disso.
Apesar da venda não ser vista positivamente por boa parte da torcida, o tempo que o Luiz Henrique passou no clube foi mais longo e aproveitado do que os últimos jovens que saíram. Além da conquista do Carioca de 2022, o jogador, que foi promovido em 2020, fez 120 jogos, 14 gols e 16 assistências pelo time principal. O GE também fez o levantamento dos últimos Moleques de Xerém que foram vendidos e os seus números de jogos pelo profissional do Fluminense nos últimos 10 anos:
Luiz Henrique (ATA) – 120 jogos
Pedro (ATA) – 94 jogos
Marcos Paulo (ATA) – 79 jogos
Wellington Nem (ATA) – 67 jogos
Gerson (MEI) – 63 jogos
Wendel (VOL) – 56 jogos
Kennedy (ATA) – 42 jogos
João Pedro (ATA) – 36 jogos
Wallace (LAD) – 30 jogos
Evanilson (ATA) – 28 jogos
Foto: Marcelo Gonçalves/FFC
Fonte: Redação GE