Agradeço ao Antonio Gonzalez e a Frente Ampla Tricolor por ter dado a permissão para que eu pudesse publicar esse excelente texto no Canal Flunews.
O meu muito obrigado também ao Dr. Celso Barros, que graças a ele a geração de Torcedores do Fluminense do século XXI não ficaram sem um ídolo por décadas assim como eu!!
Segue o excelente texto.
Muito obrigado Dr. Celso Barros (por Frente Ampla Tricolor)
Faltam poucas horas para a aposentadoria do maior ídolo da história do Fluminense neste século XXI, o artilheiro, o grande artilheiro Frederico Chaves Guedes, o nosso Fred.
Mas, mesmo o momento refletindo a emoção da despedida impossível se faz não voltar no tempo, há 13 anos… em 2009.
Recordar é viver!
No dia 27 de fevereiro de 2009, o Jornalista Leandro Menezes assinava para o goloboesporte.globo.com a matéria que levava consigo o seguinte titular:
“Fred é jogador do Flu por cinco anos”!!!
O subtítulo afirmava que “Atacante assina pré-contrato e aguarda a homologação do fim do vínculo com o Lyon para poder ser anunciado e apresentado oficialmente”.
E no 1º parágrafo do texto constava: “O atacante Fred, do Lyon, assinou nesta sexta-feira um pré-contrato com o Fluminense. Segundo o coordenador de futebol tricolor, Alexandre Faria, o jogador vai defender o clube por cinco temporadas. Para assinar o vínculo definitivo o atleta ainda aguarda a homologação da sua rescisão com o clube francês na Federação Francesa de Futebol, o que deve acontecer na próxima terça-feira. Ele poderá ser apresentado neste mesmo dia.”.
A própria redação da globo.com anteriormente abria o jogo em 20 de janeiro de 2009: “Lyon libera Fred e Fluminense abre as portas, mas mantém os pés no chão”. O jogador havia sido liberado pelo clube francês.
O jornal L’Équipe se manifestou a respeito: “O jogador confirmou, em entrevista ao jornal L’Équipe, que Fluminense e Palmeiras largaram na frente.
- Nunca tive contatos com Cruzeiro, São Paulo ou Stoke City (ING). Comecei a conversar com Palmeiras e Fluminense, mas ainda não houve proposta concreta. Elas podem chegar amanhã ou mais tarde. Eu espero. Quanto aos clubes europeus, não posso dizer nada sobre negociações. Meu objetivo é o de permanecer na Europa, mas preciso mesmo de uma equipe onde eu reencontre minha melhor forma e o prazer de jogar. Além disso, quero voltar à seleção brasileira, e isso será mais fácil no Brasil. – declarou.”.
(época em que disputávamos jogadores com o Palmeiras… ultimamente com o América Mineiro)
Uma novela. Digna do horário nobre tipo Pantanal.
Até que 4 de março, daquele 2009, o portal UOL publicava a matéria assinada pelo Jornalista Pedro Ponzoni:
“Fluminense encerra novela e anuncia contratação de Fred”.
“Enfim, acabou a novela. O Fluminense anunciou oficialmente a contratação de Fred, que havia se desvinculado do Lyon-FRA na última semana. O atacante assinará contrato por cinco anos com o Tricolor e será apresentado nesta quinta-feira, ao meio-dia, nas Laranjeiras.”.
A nossa torcida enlouqueceu: “É o Fred!”.
“Sorria! É tempo de sorrir sorria!”: Assim pensava a geração de torcedores que tinha seus quarenta e poucos anos e já havia vivido contratações como as do Félix, do Flávio, do Manfrini, do Gil, do Rivelino, do Paulo Cézar, do Claúdio Adão, do Whashington, do Assis, do Romerito e do Renato Gaúcho, todos craques que vieram de fora, alguns com o perfil intacto, todos sabendo o real tamanho do nosso clube. Agora é a hora do Fred.
E o Fred chegou, no latim ficaria claro: Vini, vidi e vici…
Assim diziam os periódicos do dia 5 de março:
“Bastava Fred ameaçar mexer os lábios para os torcedores irem ao delírio. Foi este o tom apresentação do atacante ao Fluminense. Visivelmente desconcertado com tanto ‘paparico’, o jogador se emocionou ao proferir as primeiras palavras como tricolor.
“Só quero agradecer essa recepção maravilhosa. Nunca vivi uma coisa tão gostosa e prazerosa. Cheguei a me arrepiar. É bom demais e fico muito mexido em viver esse calor novamente. Isso me faz feliz”.”.
Ali nascia uma grande história de amor que amanhã chegará ao mais alto da montanha.
Fred, o ídolo, vai se retirar do futebol profissional.
13 anos desse amor intenso.
Ele mesmo disse no dia 18 de agosto de 2010, quando antecipou a sua renovação e passou a receber o equivalente ao que ganhava o Deco:
“Quero ser campeão, fazer história no Fluminense, me tornar um ídolo, ser um grande jogador para a história do clube”.
Missão cumprida.
Sim, mas a primeira missão cumprida foi a de quem possibilitou a vinda do jogador.
O grande responsável de hoje podermos, nós os tricolores, dizer em vida que vimos um dos maiores ídolos da história do Fluminense em campo, tem nome e sobrenome:
Dr. Celso Barros!
Ou simplesmente o mesmo Celso Barros que em 1999, em um dos piores momentos da história do clube, estendeu as mãos ao clube, arregaçou as mangas e contribuiu ao soerguimento da instituição.
Ou o, carinhosamente chamado pela torcida, Tio Celsão. Que foi quem permitiu ao Fred encontrar pelo caminho jogadores do quilate de um Conca, de um Deco, de um Thiago Neves, de um Jean, de um Emerson, de um Whashington Coração Valente, de um Diego Cavalieri e treinadores da envergadura de Muricy Ramalho e Abel Braga.
Durante 13 anos pensamos e cantamos “o Fred vai te pegar”… Mas não podemos esquecer do verdadeiro autor que possibilitou essa música.
A história do Fluminense não pode, nem vai ser reescrita por atos de covardia, menos ainda por espelhos cheios de sombras de vaidades mentirosas.
Nesse instante de louvor e justo agradecimento ao ídolo Fred, a Frente Ampla Tricolor se levanta e de pé aplaude, agradecendo, ao Dr Celso Barros não somente pela contratação do magistral artilheiro dos 199 gols (até hoje), mas também por toda a trajetória como apaixonado tricolor, benfeitor que escreveu, por direito e honestamente, o seu nome na nossa história.
Finalizando, o excelente cronista André Barros, do Canal Flunews, escreveu no dia 18 de dezembro de 2018:
“Acho avaliação de dada pessoa – ou fato – à luz da História requer distanciamento crítico e neutralidade, atributos que aumentam à medida que o tempo passa.
Nessa linha, consta que, indagado, em 1972, sobre os efeitos da Revolução Francesa, que tivera lugar em 1789, o premiê chinês Zhou Enlai teria dito algo como “… é muito cedo para tal avaliação […] são necessários, pelo menos, 500 anos para tal…”.
Trazendo tal raciocínio para o Fluminense, não são necessários 500 anos para que se reconheça que o Dr. Celso Barros foi – e é – um dos mais influentes tricolores do primeiro
quartil do século XXI. E, embora não seja uma unanimidade, é o único tricolor vivo que pode se dirigir à torcida falando “… olho no olho…”. Repito: é o único, goste-se dele ou não!”.
Dr. Celso Barros:
A FRENTE AMPLA TRICOLOR LHE AGRADECE