Ao golear o Atlético Nacional por 4 a 1 na quinta-feira com um início de jogo avassalador, o Fluminense apresentou uma atuação incontestável. O resultado simboliza uma boa vantagem para o jogo da volta da segunda fase da Sul-Americana, semana que vem, em Medellín.
– Abrir 3 a 0 em 10 minutos é o sonho de qualquer treinador. O Atlético não está bem no campeonato local, mas tem tradição na América do Sul. A gente tem de ir para a Colômbia pensando em fazer o melhor para não sermos surpreendidos – alertou Fernando Diniz.
O placar elástico construído no Maracanã tem nome: João Pedro. Precisou de só 33 minutos para marcar três vezes e ainda dar uma assistência a Luciano. Diniz comparou o show do jovem aos de craques do cenário europeu e prometeu deixá-lo entre os titulares.
– A atuação foi iluminada, que acontece com os grandes jogadores de futebol. Estamos acostumados a ver isso com Messi, Cristiano Ronaldo… Então, não é uma coisa muito comum e tem de comemorar mesmo. É fruto de merecimento.
– Pelo o que ele está produzindo hoje, não tem como dizer que não é titular. Futebol é complexo demais, então, contra o Bahia vamos ver. Ele certamente é um titular, mas eu vou pensar em como escalar os melhores do Fluminense para o próximo jogo.
Em 13º lugar com seis pontos no Brasileirão, a equipe volta a campo no domingo para medir forças com o Bahia em busca da segunda vitória consecutiva no campeonato. Recuperando-se de pancada na perna esquerda, sofrida na derrota por 1 a 0 para o Botafogo, há duas semanas, Pedro deve viajar a Salvador para o compromisso na Arena Fonte Nova.
– Provavelmente vai estar em condições de atuar no domingo. Ele está muito melhor da pancada na perna esquerda, e a previsão é de que ele jogue – revelou o técnico.
Análise do jogo: “A equipe, no segundo tempo, fez um jogo muito equilibrado e não fez um gol. No primeiro tempo, fizemos quatro gols e poderíamos ter levado alguns. Fizemos alguns ajustes. Eles só ficaram com a bola quando a gente permitiu. Tivemos chances cristalinas de marcar no segundo tempo, o que mostra o tamanho da nossa atuação”.
Maturidade: “Fico feliz por ganhar com consistência e com maturidade. E não é de agora. Tivemos isso contra o Santos, que jogamos bem mesmo na derrota. Assim como para suportar os 3 a 0 sofrido diante do Grêmio. Foi suportar o resultado adverso e manter a forma de jogar”.
Evolução: “O time foi evoluindo como um todo. Contra o Santa Cruz, tivemos um primeiro tempo talvez melhor do que hoje. Lá, atuamos com dois volantes. Claro que, quando se coloca um meia a mais, ainda mais com o Daniel, é natural que se tenha mais chances de gols. Daniel, talvez, seja quem melhor conhece o sistema. Com esta formação, tem de ter mais atenção. Esses jogadores não estão tão habituados a marcar. Por isso, tivemos alguns problemas no primeiro tempo. O grande desafio é manter o time equilibrado e escalar sempre os melhores”.
Sair jogando com João Pedro: “A escolha por ele se deu pelo o que ele produziu nos jogos. Ele praticamente se escalou, não tinha dúvida. A gente testa outros pois sabe que precisará mexer nos jogos. Ele já estava escalado para jogar desde o o jogo com o Cruzeiro no sábado”.
Boa fase: “Fluminense vive o melhor momento da temporada. O equilíbrio defensivo se dá por ajuste tático e não por ter um jogador de marcação. Ficamos mais vulneráveis no lado direito pois o lateral e o atacante deles são agudos. Depois, passei o Yony para o lado direito e não tivemos mais problemas. O time tem consciência que tem de atacar e marcar. Atacar marcando. Se descuidar, com o time leve que temos, não teremos chances de recuperação. Um descuido gera contragolpe perigoso”.
Saudações Tricolores,
Nicholas Rodrigues.